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Turismo Equestre em Terras Lusitanas

Texto. João de Deus
Foto: Paula da Silva

Os passeios a Cavalo estão intimamente ligados ao prazer de andar a Cavalo pelos campos por lazer, na descoberta de paisagens e lugares.Se feito em Cavalo próprio, é uma nova perspectiva da monte pela prolongada inter-acção com o nosso companheiro de quatro patas, que nos exige ter cuidados especiais e adequados. Se em Cavalo alheio, estaremos em presença de um serviço de aluguer de Cavalos, que, com a respectiva regulamentação, toma a designação de Turismo Equestre, e que poderá ser acompanhado por um guia ou não.Passam assim a ser considerados um prestador de serviços, e um cliente, cabendo a cada uma destas partes as respectivas atribuições, quer seja na utilização deste serviço por uma hora, como por vários dias.

A duração do passeio define dois distintos grupos de clientes, sendo o primeiro, o caso de utilização de uma hora, de longe o mais numeroso, tanto por não exigir grande experiência, como por razões económicas.

Este tipo de pequenos passeios, que também são turismo equestre, por serem em percursos curtos, fixos e repetitivos, têm menos exigências técnicas da parte dos prestadores e guias, por isso são substancialmente diferentes dos mais prolongados, que esses sim requerem maiores conhecimentos, e de vária ordem, da parte destes.

Estes conhecimentos não se esgotam no conhecimento dos Cavalos e maneio deles, havendo uma vertente que é comum a qualquer serviço turístico que é o respeito e bom trato dos clientes, e uma certa facilidade em reconhecer rapidamente neles os seus temperamentos e tendências, o que se reflecte na respectiva escolha de Cavalos porque não há dois iguais. Estas vertentes exigem uma sensibilidade e não é por simples passagem de conhecimentos, cursos, que se conseguem resultados na boa execução desta tarefa, donde uma propensão para o efeito, possuir a tal sensibilidade, terá de ser essencial para se ser candidato à função.

A quantidade de situações e acontecimentos possíveis num passeio prolongado é infinita, donde capacidade do Guia em resolver rápida e eficazmente problemas inesperados, é essencial.Estes condicionalismos, sensibilidade na inter acção com Cavalos, o bom trato com clientes e a capacidade de resolver problemas inesperados, estão na génese dos Lusitanos Homens, que juntas com a configuração geográfica diversificada do nosso País, fazem com que tenhamos umas condições excepcionais para a prática do Turismo Equestre, de preferência com Lusitanos Cavalos.Desde as planícies e praias do Sul, às montanhas do Gerês, passando por uma situação intermédia das Beiras, temos de todos os tipos de paisagens possíveis.

Para só falar neste tipo de Turismo Equestre, urge que se forme uma organização nacional que reúna todos os operadores existentes e que coordene e assuma todos os problemas inerentes à boa execução da função.Porque existem duas vertentes, a turística propriamente dita, e a técnica, no maneio de cavalos, e na mesma proporção, terá essa organização de corresponder com os seus membros.

A bem do Turismo Equestre Nacional!

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