A forma como os cavaleiros caiem e a estrutura física do pescoço e da espinal medula são a razão das lesões infligidas à zona do pescoço.A cabeça e o pescoço podem comparar-se a uma bola presa a um cadeado. Se o cavalo tropeça ou faz um borrego, o cavaleiro é projectado para diante com a cabeça em primeiro lugar. As probabilidades são que a cabeça atinja o solo em primeiro lugar, transmitindo a força do impacto ao longo do crânio e para o pescoço, podendo flecti-lo para além do que ele poder suportar.O pescoço, ou coluna cervical faz parte da longa e flexível coluna vertebral que vai da cabeça ao coxis. O pescoço tem sete vértebras que formam um túnel contínuo que protege a espinal medula que o percorre.Os impulsos nervosos são enviados para e do cérebro através da espinal medula. Quando o pescoço é lesionado, os nervos que formam a espinal medula podem rasgar-se, esticar ou serem severamente comprimidos. Isto pode interromper a passagem dos impulsos nervosos e, no pior dos casos, a perca permanente do sinal.Daí podem resultar vários graus de paralisia, dependendo do nível vertebral a que a lesão for infligida e da extensão dos danos provocados. Todavia, a seguir a danos provocados na espinal medula, nem todas as fibras nervosas são atingidas – 90% dos pacientes têm fibras sobreviventes.A investigação demonstrou que os nervos lesionados se deterioram nas primeiras 24 horas a seguir à lesão, aumentando a área afectada. Se este processo puder ser interrompido ou travado, a paralisia daí resultante poder ser muito reduzida. Neste momento estão a ser fundados vários laboratórios para tentar produzir um tratamento para isto.Uma vez que se acredita que as fibras nervosas sobreviventes existem durante o resto da vida do doente, é possível que o tratamento de lesões antigas e os casos agudos possam em breve vir a ter outro prognóstico.O futuro reside na regeneração da espinal medula. Isto permitira o novo crescimento de células nervosas para substituírem a zona lesionada, com o retorno da acção e da sensação. Isto já foi demonstrado com sucesso em laboratório, sendo agora necessários testes clínicos intensivos.A Spinal Research explora neste momento uma série de métodos para conseguir a regeneração da espinal medula. Um consiste em enxertar tecidos do próprio paciente e outro é a utilização duma molécula de estimulação de crescimento recentemente descoberta que já demonstrou bons resultados em laboratório.
