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Dica do Mês: Procurar uma Agulha num Palheiro…

Texto: Dr. Henrique Cruz

Quer se trate de um cavalo de desporto, ou de uma montada de lazer, a ocorrência de uma claudicação persistente, inexplicável e sem causa aparente é dos problemas mais preocupantes para os proprietários e cavaleiros.

Certas situações, como por exemplo um abcesso no casco, são facilmente diagnosticadas com um simples exame clínico.  Contudo, hoje em dia, muitos dos nossos atletas equinos são afectados com lesões bastante mais sérias, mas também mais difíceis de identificar. Não é raro um cavalo sofrer de várias lesões, no mesmo membro, ou em membros diferentes, o que confunde bastante a investigação diagnóstica.

Perante uma claudicação sem qualquer sinal clínico adicional, o método tradicional de investigação diagnóstica consiste nos bloqueios nervosos e/ou intra-articulares acompanhados de uma observação metódica e sistemática dos andamentos do animal. Esta técnica, também conhecida por anestesia regional, tem por objectivo localizar a região anatómica do(s) foco(s) de dor.

Uma vez identificada a região, ou regiões, afectada(s), procede-se às técnicas de imagiologia de modo a tentar identificar a lesão responsável pela claudicação. Os métodos de imagem utilizados mais frequentemente são a radiologia e a ecografia; contudo, estas técnicas têm os seus limites e por vezes nem sempre é possível obter um diagnóstico definitivo. Nesses casos, pode recorrer-se a métodos mais sofisticados como a cintigrafia, ressonância magnética ou tomografia computorizada (TAC), disponíveis apenas em alguns hospitais ou clínicas de referência.

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