António Telles, Luís Rouxinol, Rui Fernandes e José Luís Gomes acorrentam-se ao portão do Campo Pequeno
Foi às 8h da manhã de segunda-feira, dia 1 de junho, que três dos mais importantes e conhecidos cavaleiros tauromáquicos e o antigo forcado, José Luís Gomes, se acorrentaram à porta da Praça de Toiros do Campo Pequeno.
Os artistas tauromáquicos protestam pelo facto de terem sido reabertas todas as atividades e espetáculos culturais com a exceção da tauromaquia – que ficou excluída em virtude de uma discriminação por parte do Governo.
Ao contrário do que a Ministra da Cultura garantiu há uma semana, no Parlamento, de que todas as áreas culturais regressariam ao mesmo tempo, a tauromaquia foi a única excluída de retoma a partir de hoje.
Recorde-se que hoje à noite, vai acontecer o espetáculo de Bruno Nogueira, no Campo Pequeno, que contará com a presença da Ministra da Cultura e do Primeiro Ministro.
O protesto vai continuar a partir das 18h da tarde com uma concentração de alguns artistas e de acordo com todas as normas da DGS.
O setor tauromáquico sempre se disponibilizou para dialogar com o Governo e com a DGS para que nada obstaculiza-se a retoma dos espetáculos taurinos, a 1 de junho. Nos últimos três meses, O Primeiro Ministro, o Ministério da Cultura e a DGS nunca responderam aos apelos pedidos de reunião do sector.
“Só podemos interpretar esta situação como forma de cesura e discriminação, o que é inaceitável em pleno século XXI”, disse o Secretário-Geral da ProToiro, Hélder Milheiro.
Há artistas e famílias a passar dificuldades e o Governo despreza o sofrimento destes trabalhadores e não os deixa trabalhar. O sector quer igualdade de tratamento perante a lei e a abertura urgente das praças de toiros.
“Esta situação é intolerável e vamos mobilizar todos os recursos para o fim desta situação de discriminação arbitrária. A cultura não se censura”, terminou Nuno Pardal, Presidente da Associação Nacional de Toureiros.