A Arte Equestre Portuguesa acaba de ser oficialmente reconhecida como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A aprovação ocorreu durante a 19ª sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, realizada em Assunção, no Paraguai. A delegação portuguesa presente incluiu Rosa Batoréu, Embaixadora de Portugal na UNESCO, João Ralão, Secretário-Geral da APSL, e Luís Calaim, Administrador da Parques de Sintra.
O processo começou em 28 de abril de 2021, quando a Equitação Portuguesa foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Este reconhecimento global marca um momento de celebração para Portugal, fruto do trabalho e dedicação de diversas entidades e indivíduos.
Em Portugal, o sucesso desta candidatura só foi possível graças à união de esforços liderados pela Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano (APSL), com o apoio da Escola Portuguesa de Arte Equestre, representada pela Parques de Sintra – Monte da Lua, e da Câmara Municipal da Golegã. Um agradecimento especial é devido a João Costa Ferreira, que coordenou brilhantemente esta candidatura.
A Arte Equestre nasceu, em Portugal, como causa e consequência da existência do Cavalo, que a sugeriu naturalmente, e que por ela foi sendo continuamente aperfeiçoado. Os princípios da Arte Equestre em Portugal baseiam-se no máximo respeito pelo animal e pelo seu bem-estar. Pode concluir -se que as características únicas do nosso cavalo, foram fundamentais para o aparecimento da Equitação Portuguesa, e esta para a sua selecção.
A Equitação Portuguesa pratica-se em todo o território nacional, e tem uma enorme expressão internacional, para a qual contribui a existência, em 21 países, de Associações do Cavalo Lusitano, fundamentais para a sua promoção e para a proximidade com os criadores e praticantes em todo o Mundo.
Portugal celebra este reconhecimento como uma vitória da cultura e da tradição, reafirmando a relevância da Arte Equestre no cenário global.