As corridas de cavalos nos EUA, após décadas de declínio do interesse público, estão de volta aos holofotes. Segundo a Reuters, este desporto recebeu um grande impulso, com o público da Fox Sports 1, Fox Sports 2 e NBC Sports Network a aumentar 206% em 2020 em relação ao mesmo período do ano passado.
A maioria dos hipódromos na América fecharam devido ao COVID-19, mas para outros, como o Gulfstream Park, na Flórida, o Oaklawn Park, no Arkansas, e o Remington Park, em Oklahoma, o negócio continua.
Todas as corridas de cavalo são disputadas à “porta fechada”, mas isso não é um problema para os hipódromos, que geram grande parte das suas receitas através das apostas. Os proprietários dos cavalos recebem uma parte das apostas – geralmente entre 10 e 25%, dependendo do tipo de aposta.
Novo publico de TV, novos formatos
Kip Levin, CEO da rede de corridas TVG do Grupo FanDuel, disse à Reuters que a sua equipa teve que modificar o formato de transmissão para atender a um novo tipo de público de corridas.
“Tiramos o chapéu à nossa equipa de produção”, disse Kip. “Arregaçaram as mangas e literalmente em poucos dias, deixaram de falar com o aficionado que conhecia muito sobre o desporto para conversar e educar o público da maneira que normalmente não fazemos”, disse Kip Levin.
Enquanto isso, as transmissões de TV estão a funcionar com equipas reduzidas. Eric Donovan, diretor de operações de TV da New York Racing Association, disse à agência de notícias que a sua equipa habitual de 45 a 50 pessoas foi reduzida para menos de dez. Enquanto isso, todas as emissões são transmitidas num estúdio a partir de casa.
Os hipódromos também garantem que podem manter os jóqueis e suas equipas, seguros e saudáveis.
“Estamos a funcionar em total conformidade com todas as directivas de saúde locais e do governo, assegurando a proteção do pessoal essencial que cuida dos quase 7.500 cavalos que são mantidos nas nossas instalações”, disse Tiffani Steer, porta-voz do Stronach Group, dono da Gulfstream Park, disse ao Washington Post no mês passado.
Mas muitos funcionários dos hipódromos afirmaram ao Washington Post que era “virtualmente impossível” operar corridas sem que os trabalhadores entrassem em contacto uns com os outros.