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Cavaleiros do Minho exploram Caminhos de Santiago

A ideia nasceu da vontade de duas instituições unirem esforços para perceber a viabilidade de percorrer diferentes vias dos Caminhos de Santiago a cavalo: Nature Horse, empresa de animação turística de Arcos de Valdevez direcionada para passeios equestres, cujo responsável é Alberto Guimarães, e a Viana Equestre, associação hípica de Viana do Castelo, cuja responsável técnica é Cláudia Rachão.

Depois de ‘conquistada’ a experiência nos caminhos da Costa e Primitivo, o grupo de cavaleiros resolveu iniciar nova etapa, desta vez a partir das Astúrias, de onde partiram no passado dia 05 de Outubro, percorrendo o caminho Francês até Santiago, concluindo a viagem neste domingo.

Cláudia Rachão, responsável técnica pela Viana Equestre, deu a conhecer a ideia que potenciou esta ‘aventura’ de seis dias.

“Pensámos em trabalhar em conjunto a peregrinação a cavalo nos Caminhos de Santiago, mais para a parte turística, e temos vindo, já há algum tempo, a fazer os caminhos para perceber potencialidades, prós e contras de cada um”, conta.

Em modo exploração, Cláudia explica que há muitas dificuldades em encontrar alojamentos que possam receber cavalos durante a noite, sobretudo nos caminhos portugueses, algo que fica mais fácil no caminho francês, sobretudo na região da Galiza, dominada por espaços verdes.

“O que acontece no caso dos caminhos portugueses é que há muita zona em asfalto, algo que, para o cavalo, é uma condicionante. Mas também há que referir que as instalações e alojamentos para cavalos praticamente não existem, pelo que temos de levar uma cerca elétrica para deixarmos os animais ao ar livre”, explica.

“Já no caminho Francês, passamos por muitas zonas agrícolas na Galiza rural e profunda, onde há a possibilidade de deixar os cavalos em estábulos e até em centros hípicos, mas sobretudo em pequenos mercados de quase todas as vilas e aldeias por onde passámos, porque existem locais para receber os animais”, acrescenta.

Cláudia explica que, em 2021, seria o ano forte para o passeio a cavalo nos Caminhos, por ser o ano Jacobeu e por existir cada vez mais procura, sobretudo por parte de turistas nórdicos. Mas a pandemia veio trocar os planos.

“Estamos espectantes, porque é um produto que tem saída, sobretudo no mercado estrangeiro, como o nórdico, onde existe muita procura, mas, como em todo o lado, a pandemia veio atrasar um pouco as coisas”, lamenta.

Apesar do efeito negativo, em contrapartida, este tipo de passeio é propício ao distanciamento social, por isso poderá ter maior procura mesmo em tempos de covid-19, assegura a responsável.

Por enquanto, estes parceiros vão continuar a estudar as melhores alternativas, mas, a breve prazo, vão anunciar datas para passeios.

Fonte: O Minho.

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