Carlos Grave em 2º na Barroca d’Alva
O cavaleiro olímpico português Carlos Grave com Tanino de Peramanca (66,90%) encontra-se em 2º na classificação provisória da primeira etapa de provas do CIC* a decorrer na Herdade da Barroca d’Alva.
A liderança provisória pertence à amazona dinamarquesa May-Britt Kattrup com La Lunas (67,14%).
Dado o elevado número de conjuntos inscritos, a organização viu-se obrigada a antecipar o arranque para ontem, dia em que, 28 de um total de 72 conjuntos disputaram a prova de ensino.
Quem é Carlos Grave?
A vida de Carlos Grave está ligada aos cavalos desde o berço. Aos cavalos e ao campo, os dois elementos da modalidade olímpica de Concurso Completo de Equitação. Por isso, é um paradoxo que o sucessor de Mena e Silva e Henrique Calado só tenha descoberto o desporto equestre aos 37 anos de idade, o que só se explica pelo facto de ter estado até aí completamente absorvido pela actividade aventurosa de cabo dos Forcados Amadores de Santarém. O desporto só apareceu no percurso acidentado de Carlos Grave, proprietário de uma ganadaria, depois de encerrar a vida taurina.
Começava uma longa caminhada internacional que, nove anos mais tarde, o levaria aos Jogos Olímpicos de Atenas como decano da Missão, 46 anos já feitos. Ir aos Jogos foi o desafio que estabeleceu como forma de motivação.
O Concurso Completo de Equitação confirmou-se como o desporto mais adequado a este engenheiro agrónomo com uma larga experiência de ensino de equinos para o toureio que considerava as competições de saltos de obstáculos pouco interessantes.
É surpreendente, que uma pessoa inicie a actividade desportiva tão tarde e consiga atingir um nível elevado, sendo amador num desporto altamente profissionalizado.
Palmarés
Campeão Nacional de 2002 a 2004.
41º Jogos Equestres Mundiais 2003
23º Taça do Mundo de 2003 – Pau (Fra)
Primeiro português no Concurso de Badmington uma das provas mais importantes do calendário mundial.
11º na Suécia
15º na Alemanha
4º na Roménia
46º J.O. de Atenas (2004)