A história das apostas em cavalos, de Jaime I ao casino online
A história do desporto equestre não se faz apenas de apostas em corridas de cavalos. Mas os jogos de sorte contribuíram de forma decisiva para a evolução dos desportos equestres. Apostar é um instinto natural do homem e as primeiras apostas alguma vez registadas foram feitas na China, mais de dois mil anos antes do nascimento de Cristo. No que toca a corridas de cavalos, as apostas só entraram em cena a partir do século 17, pelo menos de acordo com os historiadores. Ainda que as apostas em corridas de cavalos tenham muito provavelmente tido uma origem não-oficial anos ou mesmo décadas antes, os primeiros registos credíveis de apostas em cavalos têm cerca de 400 anos.
Pela mão de Jaime I
Jaime I foi um monarca inglês que reinou na Escócia e na Inglaterra por mais de meio século. Conhecido por ter feito uma das mais icónicas traduções da Bíblia de sempre, Jaime I era um devoto religioso cuja paixão pela fé só encontrava par nas corridas de cavalos. Nos seus últimos anos de vida, no início do século 17, Jaime I decidiu transformar a pequena cidade de Newmarket num pequeno paraíso dos desportos hípicos. A localidade tornou-se numa espécie de casa de férias da realeza britânica, que se reunia para comparar cavalos e apostar em corridas.
As apostas em corridas de cavalos começaram por isso por ser uma actividade reservada às elites. Mas menos de 100 anos depois da morte de Jaime I, as corridas de cavalos passaram a ser mais acessíveis às massas, que se reuniam junto de Royal Ascot, uma icónica pista para cavalos do Reino Unido. Ainda que o povo não participasse no desporto em si (a criação de cavalos exigia muito tempo, recursos e dinheiro), as apostas em corridas tornaram-se banais entre aqueles que assistiam às corridas.
Um fenómeno internacional
Em poucos anos, as apostas em corridas de cavalos tornaram-se também populares na França e nos Estados Unidos, onde adquiriram uma dimensão mais democrática (bem ao estilo americano). Nos Estados Unidos, as probabilidades relativas a cada cavalo não eram definidas pelos bookmakers, mas sim pelas apostas feitas pelo povo. Durante muitos anos, o mercado das apostas em corridas de cavalos e o mercado global de apostas nos Estados Unidos eram praticamente o mesmo. Ainda hoje existe uma ligação forte entre os desportos equestres e as apostas nos Estados Unidos.
As apostas em corridas de cavalos em 2021
Nos tempos modernos, as apostas em corridas de cavalos continuam a ser uma actividade popular. No entanto, apostar em corridas já não implica uma visita à pista nem um conhecimento empírico dos animais em si: hoje, as apostas em corridas de cavalos acontecem predominantemente no espaço digital. De resto, o futuro do mundo dos jogos de sorte parece cada vez mais passar pela Internet. Graças a uma série de sites de casino online com bonus de registo licenciados em território nacional, os portugueses têm vindo a trocar os tradicionais casinos pelos jogos de casino online. A modernização também se dá ao nível das apostas em corridas de cavalos, num indício claro de que esta actividade centenária não está em vias de desaparecer; muito pelo contrário, parece ser mais popular, moderna, e acessível do que nunca. Em Portugal, é possível apostar em corridas de cavalos e outros jogos através de vários casino online licenciados. É uma realidade desde 2015, altura em que foi promulgada a primeira lei do jogo online (que já tinha sido discutida em 2013), que fez com que fosse possível jogar e apostar através da Internet de forma segura.
Corridas de cavalos só chegaram a Portugal no século 19
Os desportos equestres (e as apostas em cavalos) só chegaram a Portugal no século 19, mais de 200 anos depois do estabelecimento de Newmarket enquanto um grande centro de corridas. Os historiadores acreditam que as primeiras corridas de cavalos em Portugal aconteceram no ano de 1868 e se realizaram na cidade de Évora. Poucos anos depois, em 1874, foi inaugurado o Hipódromo de Belém, a primeira grande pista para cavalos de Portugal. O hipódromo acabou por inspirar a criação do Club Equestre, um grupo de apaixonados pelos desportos hípicos que ajudou a popularizar as inevitáveis apostas em cavalos em território nacional.
Tal como aconteceu no Reino Unido e na França, as corridas de cavalos começaram por ser uma actividade reservada aos nobres. Na década 80 do século 19, “ir aos cavalos” era considerado um luxo (equiparável ao das touradas) e o Hipódromo de Belém recebia um amontoado de carruagens antes de cada corrida. As corridas de cavalos eram por isso um evento cultural de grande escala, que chegou a inspirar algumas passagens dos textos de Eça de Queirós, também ele um fã de desportos equestres.
Curiosamente, a popularidade dos desportos equestres em Portugal acabou por ser mitigada pelo aparecimento do ciclismo, que cativou ainda mais pessoas do que as corridas de cavalos. A criação, competição, e apostas em cavalos continuaram, no entanto, a fazer parte da realidade portuguesa e eram actividades promovidas por um grupo pequeno (mas convicto) de aficionados dos desportos hípicos.