Como cidadã, sinto-me na obrigação de denunciar uma situação que ocorre, pelo menos, desde Junho do presente ano civil.
Decidi, hoje, fotografar e enviar-vos uma denúncia que espero, sinceramente, que surta efeito e mereça a devida compreensão, averiguação e actuação.
Afinal, trata-se do bem-estar e saúde de um ser vivo tão inteligente, pelo que apelo a uma maior sensibilidade, ao tratar-se de um CAVALO.
Ocasionalmente, passo na Estrada dos Salgados – Amadora.
Olhando para o terreno, vejo sempre um cavalo (égua) preso (foto em anexo), isolado e ao ar livre, sem qualquer telheiro ou ponto de abrigo.
Está infestada de moscas, devido às fezes em seu redor, no terreno. Mete dó!
Estamos num verão de seca, com o risco aumentado de fogos e este cavalo pasta preso por uma corda, ingerindo palha seca (amarela), sem nenhum outro alimento (nem maçãs, cenouras ou ração) ou recipiente adequado para água. A própria palha tão seca, pois não há pasto verde, pode servir como combustão e estando preso, nem sequer pode fugir… é um cenário horrível de se supor, mas perfeitamente plausível, sobretudo, atendendo ao contexto actual do nosso país.
Os dias passam, agora de calor e está ali preso e isolado, sem companhia de algum outro animal ou ser humano.
Questiono-me:
– A quem pertence?
– Porque tanta gente o vê com absoluta indiferença e ali persiste o animal – sublinho: isolado, preso e desabrigado?
– Exposto agora ao calor, ficará também ao frio que se avizinha, com o findar do verão?
trata-se de um caso de negligência, infringindo-se o que está salvaguardo na lei, no que se refere aos Direitos dos Animais.
O cavalo em questão está semiabandonado.
Não é retirado daquele terreno nem de noite, dormindo amarrado junto de um monte de arbustos, desprovido de calor, conforto e companhia.
Quando vou à Amadora, com a frequência semanal de 1x, 2x no máximo, levo água fresca, já arranjei um alguidar para que beba, juntamente com maçãs e alguns outros vegetais.
Até um edredom para que possa ser coberto nas noites que estão mais frias e com chuva. Pendurei num galho, nos arbustos. Desconheço se o tapam sequer, ou não.
Há ali uma pequena horta com uma espécie de barraca com lixo, nos arbustos, mas nunca vejo ninguém.
Já encaminhei esta denúncia para GNR, PSP e algumas associações de animais, mas ninguém nada faz! Apenas reencaminham informação, lamentam e isto no caso das que me respondem ao presente email.
Muito grata pela atenção disponibilizada, atenciosamente,
Ana Margarida CC