Doze dos 79 cavalos que permaneciam numa exploração ilegal em Ermesinde, no concelho de Valongo, foram devolvidos ao anterior proprietário, revelou hoje à Lusa a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Em resposta por escrito, a instituição fez o ponto da situação relativamente aos 79 animais que permaneceram na exploração depois de no final de março sete terem sido transportados para uma herdade no Alentejo pela Intervenção e Resgate Animal (IRA).
“Informamos que doze animais que não apresentavam irregularidades, após confirmação de titularidade e sob apresentação de toda a documentação foram desaprendidos e encaminhados para a exploração do respetivo detentor”, lê-se na resposta da DGAV, que não revela a data em que foi feita a transferência dos animais.
A Câmara de Valongo, a Brigada de Proteção Ambiental da PSP e a DGAV abriram em meados de fevereiro uma investigação por alegados maus-tratos aos cavalos da exploração situada em Sampaio, em Ermesinde.
Dessa investigação faz também parte a identificação dos animais e a verificação de eventuais irregularidades processuais.
“Para os restantes animais, que se encontram sob o acompanhamento dos nossos serviços regionais, decorre a respetiva regularização documental, processual e de titularidade”, acrescenta a resposta da DGAV que tem ainda por resolver a situação de 67 cavalos.
Em declarações à Lusa, a 31 de março, a diretora geral, Susana Guedes Pombo, revelou, sobre os primeiros animais, transferidos para a herdade, que o fiel depositário “incorre num processo-crime se, entretanto, os disponibilizar para adoção”, alegando que “só no final do processo se poderá decidir o seu destino”.
No mesmo dia, o responsável da IRA, que funciona como fiel depositário dos animais transferidos dias antes, revelou à Lusa que o gabinete jurídico da associação “vai interceder junto do Ministério Público para que os animais sejam libertados da apreensão em que se encontram atualmente e possam vir a ser adotados”.