Para quem vive o mundo hípico em Portugal de há muitos anos até esta data, poderá aferir que a raça Lusitana, face a um efectivo verdadeiramente diminuto, comparativamente com outras raças, foi aquela que mais se destacou por mérito, quer no plano nacional quer ao nível internacional. Sem dúvida que estamos perante uma raça funcional que transmite sensações, tem capacidade de reunião, e que é cada vez mais olímpica!
Quem não ficou emocionado com a prestação do conjunto Gonçalo Carvalho/Rubi nos Jogos Olímpicos de 2012, onde, entre 18 participantes na final Grande Prémio Freestyle, ficou em 16.º !?
Citado pela Lusa, recordamos as seguintes palavras de Gonçalo Carvalho: “Nós não esperávamos chegar ao Freestyle, nem sequer tínhamos esta prova treinada, porque não acreditávamos chegar aqui”, “o resultado foi extraterrestre para o Lusitano”.
Para aqueles que continuam a não acreditar, digo que efectivamente a raça Lusitana tem os seus problemas. No entanto, pergunto: qual a que não os tem!?
Para a criação é fundamental retirar uma grande lição das palavras do Gonçalo. Há que acreditar, ter lucidez para multiplicar qualidades, e assumir uma atitude de perseverança nos caminhos escolhidos, pois só desta maneira poderemos continuar a espantar o mundo.
Texto: João da Eira.