O Governo anunciou esta quarta-feira que a Equitação Portuguesa foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, destacando a “importância” da modalidade enquanto “reflexo da identidade” da comunidade envolvente e pela sua “profundidade” histórica.
O anúncio da inscrição foi hoje publicado em Diário da República (DR) pela Direção-Geral do Património Cultural, com a assinatura da subdiretora-geral, Rita Jerónimo, tendo sido proponente a Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano (APSL).
“É uma equitação tradicional que ajudou muito no desenvolvimento e seleção do nosso cavalo [Puro-Sangue Lusitano], achamos que tem todo o interesse em colocá-la como Património Mundial, através de uma candidatura à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)”, disse à agência Lusa o secretário-geral da APSL, João Ralão Duarte.
O responsável acrescentou que este é o “primeiro passo” para lançar uma candidatura à UNESCO, sendo o anúncio publicado em DR “importante”, um “avanço grande” para atingir esse objetivo.
“Este é um trabalho não só da APSL, é um trabalho conjunto com o Parques de Sintra-Monte da Lua e com a Feira Nacional do Cavalo, na Golegã (Santarém), pois a Câmara da Golegã também está interessada neste projeto”, indicou.
Para João Ralão Duarte, o anúncio publicado em DR é ainda uma “vitória” do grupo de trabalho, liderado por João Costa Ferreira.
“Para nós [inscrição no inventário] tem todo o interesse, porque há uma ligação ao Cavalo Lusitano, há uma ligação à nossa equitação, há uma ligação à seleção do nosso cavalo e à forma como está a obter neste momento sucessos desportivos a nivel mundial”, acrescentou.