A investigação sobre a exploração ilegal de cavalos em Ermesinde (Valongo), evoluiu para um processo de contraordenação que corre termos no serviço regional do Porto da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, revelou esta quinta-feira à Lusa a diretora da DGAV.
Em resposta a um pedido de esclarecimento à Lusa, Susana Guedes Pombo revelou que o processo está em “fase de instrução” e que “será confidencial até à decisão”.
A Câmara de Valongo, a Brigada de Proteção Ambiental da PSP e a DGAV abriram em meados de fevereiro uma investigação por alegados maus-tratos aos cavalos da exploração situada em Sampaio, em Ermesinde.
Entre os mais de 80 cavalos, 10 foram identificados como estando “subnutridos”, revelava a denúncia então feita às autoridades, tendo então sido decidido encerrar a exploração assim que todos os animais saíssem.
Dessa investigação faz também parte a identificação dos animais e a verificação de eventuais irregularidades processuais, situação que hoje ainda decorre, confirmou na mesma resposta a DGAV.
Ainda em fevereiro, a Intervenção e Resgate Animal (IRA) propôs à DGAV alojar gratuitamente os 10 cavalos subnutridos da exploração, admitindo ainda, sob condições, ficar com todos.
A resposta surgiu em março, passando a IRA a ser fiel depositária de sete dos cavalos da exploração, então transferidos para uma herdade no sul do Alentejo.
Em abril, a DGAV anunciou que 12 dos 79 cavalos que permaneciam na exploração foram devolvidos ao anterior proprietário.