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Faleceu o Dr. Guilherme Borba

Já vão sendo poucas as grandes referências de cultura equestre em Portugal. A criação e a equitação associada ao cavalo Lusitano, em muito beneficiaram com o conhecimento, sentido ético, e tacto equestre do Dr. Guilherme Borba. Um verdadeiro Homem de Cavalos!

Tal como ao seu Mestre Nuno de Oliveira, também ao Dr. Guilherme Borba o cavalo Lusitano muito lhe fica a dever!

Ninguém se pode esquecer que foi o Dr. Borba que comprou o Firme, que o aconselhou e emprestou desinteressadamente às Coudelarias Veiga, Vinhas, Casquinha, etc..

Os resultados destes emparelhamentos elevaram de sobremaneira a funcionalidade do cavalo Lusitano.

A égua Lusitana Batuta é o mais recente exemplo vivo da genética associada ao conhecimento e vivência equestre do Dr. Borba, pois possui como ascendentes o Firme e o Xaquiro (que também foi propriedade do Dr. Borba – emprestou-o graciosamente à Coudelaria de Alter para beneficiar as suas éguas).

Como currículo “de vida” apresenta dois feitos notáveis:

• Em 1975 ajuda a fundar, a convite de D. Alvaro Domecq y Diez, a Escola Andaluza de Arte Equestre. Preparou um grupo de jovens cavaleiros para a fundação desta Escola;

• Em 1979 consegue materializar o sonho de Ruy d’Andrade, ao recriar a Picaria Real, através de uma equitação de grupo (por ele chefiado), por via da constituição da Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE). A EPAE foi fundada em condições materialmente precárias, e com grande altruísmo do seu mentor e cavaleiros fundadores. Os primeiros quatro conjuntos da EPAE foram: Guilherme Borba/”Projeto”; D. José de Athaíde/”Paje”; Dr. Filipe Figueiredo/”Plebeu”; Francisco Cancella de Abreu/”Pijú”.

Guilherme Borba foi Diretor da EPAE durante cerca de 20 anos e continua, ainda hoje, a ser uma referência para todos os cavaleiros da EPAE.

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