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Federação portuguesa quer promover peregrinação equestre nos Caminhos de Santiago

A Federação Portuguesa do Caminho de Santiago quer promover a peregrinação equestre, revitalizando a tradição de peregrinar a cavalo até Santiago de Compostela, em Espanha, foi hoje anunciado.

“A federação, neste momento, tem uma aposta forte na peregrinação a cavalo, precisamente porque já era uma tradição e sempre foi e continua a ser também uma maneira de peregrinar até Santiago de Compostela”, afirmou à agência Lusa a presidente da federação, Ana Rita Dias, a propósito do ‘workshop’ sobre peregrinação equestre, que se realiza na sexta-feira, na Golegã.

Segundo a dirigente, em Portugal, com a rede que existe de estabelecimentos que podem receber cavalos, seria “uma aposta boa, e também para o desenvolvimento sustentável dos caminhos, dar um ‘input’ na peregrinação a cavalo até Santiago de Compostela”.

No país, pelo levantamento feito junto dos seus parceiros, a federação constatou que, “ao longo de todos os caminhos, é possível fazer as etapas da peregrinação a cavalo, porque ou existem centros hípicos ou centros equestres que estão disponíveis para receber os cavalos”, explicou.

Ana Rita Dias realçou que o principal é ter, além das “acomodações para os cavalos, onde eles possam fazer a sua alimentação ou banho”, espaço de “descanso para os cavaleiros ou peregrinos perto dos centros equestres que existem”.

A presidente da federação reconheceu que há ainda trabalho a fazer neste âmbito, como a sinalética apropriada nos Caminhos de Santiago para os peregrinos a cavalo, assim como a identificação dos estabelecimentos que os podem receber.

O ‘workshop’ Peregrinação Equestre, na Golegã, Capital do Cavalo e por onde passa um dos Caminhos de Santiago, decorre durante todo o dia, no Equuspolis.

Os objetivos passam por “identificar, articular e sensibilizar agentes e infraestruturas de apoio ao cavaleiro já existentes nos territórios ao longo dos Caminhos de Santiago, bem como reconhecer possíveis necessidades de investimento e parcerias futuras para colmatar a resposta atual e estruturar o produto, a nível nacional”.

Ana Rita Dias adiantou que na iniciativa vai ser apresentado o produto “peregrinação equestre nos caminhos em Portugal”, ou seja, o levantamento feito das “condições que os caminhos têm”, para “potenciar ou revitalizar os Caminhos de Santiago” junto de quem faz a peregrinação equestre.

“O que nós queremos é, efetivamente, revitalizar essa tradição, essa cultura equestre e, também aqui em Portugal, voltar a dar a devida importância ou dar mais importância à parte dos cavalos e da equitação”, adiantou.

A dirigente acredita que esta poderá ser uma alternativa para quem visita o país para fazer os vários caminhos que existem e “apreciar as várias diferenças tradicionais e culturais”.

“A nível equestre, penso que será também aqui uma chamada de atenção positiva para que se aposte neste tipo de turismo sustentável, uma vez que não são precisos grandes recursos para conseguirmos fazer um passeio a cavalo ou uma peregrinação a cavalo ou uma experiência a cavalo”, declarou.

A Federação Portuguesa do Caminho de Santiago foi criada em 2019 e tem cerca de 50 associados, incluindo câmaras, associações de peregrinos, paróquias ou misericórdias.

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