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A EPDRS e o seu lema “Aprender a Fazer Fazendo”

por: Bento Castelhano
(Professor da EPDRS)
Desde o início do Ano Lectivo de 2010/2011 que a Escola Profissional do Desenvolvimento Rural de Serpa (EPDRS) iniciou um novo ciclo na sua oferta formativa: o Técnico de Gestão Equina (TGE). Tal como é do conhecimento geral, a EPDRS tem larga tradição no seu lema: “Aprender a Fazer Fazendo”.

São reconhecidos os méritos globais dos técnicos aqui formados quando acedem ao ensino superior especializado, normalmente mais despertos que os do ensino regular para as especificidades das áreas de formação (fundamentalmente agricultura, pecuária, ou seus derivados) ou no próprio mercado de trabalho. Será incontestável que a necessidade de conhecimento suscitada pela prática orientada facilita quer a pedagogia quer a competência. A EPDRS tem garantido, com os seus cursos, um importante apoio ao desenvolvimento local e regional, contrariando a desertificação de pessoas através da sua valorização e da implementação das políticas do Ensino Profissional do Ministério da Educação. No reconhecimento da importância do crescimento do sector equestre e do papel que o mesmo pode jogar no desenvolvimento regional sustentado, a EPDRS veio a incorporar a formação dos Técnicos de Gestão Equina, com a ambição de marcar alguma diferença em relação às restantes escolas do mesmo curso adicionando mais algum conhecimento básico nas áreas da criação de cavalos e sua valorização funcional, tudo isto, é claro, para além da formação já prevista e reconhecida a estes técnicos. Estamos em acreditar que esta diferença poderá vir a permitir uma maior polivalência profissional a quem termine. Até hoje, independentemente da escola de origem, a grande ambição deste curso foi quase exclusivamente a preparação de Ajudantes de Monitor e Monitores, ficando os alunos que não conseguem preparar-se para os exames da Federação Equestre Portuguesa (FEP), sem grande futuro profissional.

Formando a EPDRS, os seus alunos com maior vocação para o Hipismo, para matérias como o desbaste, concursos de modelo e andamentos e a valorização de cavalos novos nas disciplinas reconhecidas pela FEP / FEI possibilitar-se-á o acréscimo de valor aos produtos das coudelarias, principais entidades empregadoras dos alunos finalistas, com a vantagem simultânea de se cumprirem plenamente as exigências de preparação para os Exames FEP. Os restantes alunos, de menos vocação para a equitação, deverão seguir as restantes valências: gestão de coudelarias ou centros hípicos, maneio de reprodutores machos e fêmeas, organizações de provas ou eventos hípicos, comercialização de animais, etc. A EPDRS foi recentemente visitada pelo Senhor Dr. Manuel Cidade Moura, actual Presidente da Direcção da Federação Equestre Portuguesa, assim como pelo Senhor Ten. Cor. Santos Correia (responsável pela formação profissional na FEP) e o Senhor Dr. Manuel Bandeira de Mello (Secretário Geral da FEP). Sequencialmente à visita, a Escola foi convidada a registar-se como Centro Equestre, tal o reconhecimento da qualidade das actuais condições logísticas e do quadro de formadores para a formação de cavaleiros e treino de cavalos.

Também do lado da EPDRS a visita superou largamente as expectativas, onde apenas se pretendia um primeiro contacto orientador do processo de formalização da instituição e da própria formação equestre, mas onde o afável contacto e reconhecimento mútuo do interesse pelo esforço desenvolvido por cada uma das partes, acabou, de forma muito natural, por fomentar futuras e estreitas colaborações. A Escola conta já com uma cavalariça de 22 boxes, vários “paddocks”, duches para cavalos, salas de arreios com armários individuais (1 por boxe), três picadeiros descobertos (um de 40m * 20m, outro de 60m * 20m e um campo de obstáculos de 90m * 60m) e um percurso de iniciação ao Corta-Mato do Concurso Completo de Equitação.Com o processo de legalização do Centro Equestre da EPDRS na FEP, a Direcção pretende, a prazo, abrir à comunidade local e regional uma Escola de Equitação que vulgarize a prática deste desporto.

De não menos importância na articulação da EPDRS com o exterior, deverão surgir as formações e exames abertos a candidatos, que se queiram autopropor, nos seus diferentes graus e dentro do que a FEP venha a estabelecer como sendo da competência da Escola. Para terminar este artigo de divulgação do curso TGE na EPDRS, aconselho todos os interessados (com o 9º ano de escolaridade e 15 a 20 anos de idade) a consultarem o seu “site” http://www.epdrs.pt, informando que a Escola aconselha, para melhor aprendizagem, mas não exige, que os alunos de TGE possuam cavalo próprio e ainda que existem uma série de apoios financeiros à frequência escolar, que variam conforme a situação concreta do aluno e do quadro legal da época, que são estudados no acto da matrícula.

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