O assunto foi examinado num estudo piloto depois da crescente evidência que apontou para os benefícios da terapia equina dirigida aos que sofrem de stress pós traumático (SPT) e problemas relacionados.
A Professora Katrina Merkies da Universidade de Guelph (Canadá) colocou a questão “Podem os cavalos distinguir entre neuróticos e seres humanos mentalmente traumatizados”? O estudo foi aprovado pela Horses and Humans Research Foundation.
Merkies, num sumário da sua investigação disse que as actividades assistidas por equinos com emparelhamento adequado entre o cavalo e o ser humano para que o participante beneficie do mesmo.
Merkies diz que algumas críticas ao seu estudo nesta área apontavam para a conclusão não provada de que os cavalos responderiam a humanos com problemas psicológicos/emocionais melhor do que a humanos sem quaisquer traumas psicológicos. O que se assume como implícito é o facto de que o cavalo instintivamente entende as necessidades dos humanos que precisam de ajuda pois respondem de uma maneira benevolente.
Os estudos pilotos de Merkies emparelharam quatro humanos com SPT e quatro humanos neurotípicos com idade, peso, altura e familiaridade com cavalos.
Os SPT interagiram numa pista redonda durante 2 minutos com cada um dos 17 cavalos terapeutas.
Seguidamente e sob controle de um instrutor, os humanos que serviram de controle interagiram com cada um dos cavalos terapeutas da mesma maneira que fizeram os SPT, explica Merkies.
Os resultados mostram que os cavalos moveram-se com a cabeça mais alta com os SPT, um comportamento que revela stress, sendo esta a única resposta diferente dos cavalos com os indivíduos controle.
Porém, a presença de qualquer humano fez com que os cavalos andassem mais devagar, mastigassem menos e tivessem uma batida cardíaca mais lenta.
De salientar que os cavalos estiveram mais atentos com os humanos controle, talvez pela expectativa de irem trabalhar enquanto estavam mais relaxados com humanos SPT consequentemente menos experientes.
Os resultados são importantes para os profissionais devido à resposta comportamental de equinos utilizados em actividades assistidas pelos mesmos justificando-se deste modo uma futura investigação nesta área.
CRS