Está prestes a iniciar-se uma investigação para apurar o motivo por que o tour de Valência continuou mesmo após a ordem da FEI para a Comissão Organizadora suspender a competição.
À medida que aparecem mais notícias sobre o surto do Herpes Vírus Equino (EHV-1) que começou no CES Valencia Tour em Espanha no mês passado, a FEI já se manifestou sobre uma série de preocupações levantadas relativamente ao tratamento do surto.
Na tarde de 20 de fevereiro, o delegado veterinário da FEI no CES Valencia Tour informou o departamento veterinário da FEI que 11 cavalos desenvolveram febre no local. Este número quase duplicou para 20 no final do dia. Apesar da FEI ter pedido aos organizadores para suspender a competição, as provas continuaram no dia seguinte.
Após o recebimento das informações detalhadas, enviadas ainda em 20 de fevereiro, a FEI concluiu que existia um surto do EHV-1 sob a forma neurológica e imediatamente informou a Comissão Organizadora e os Oficiais locais para cancelarem o resto do evento em Valência.
“No domingo, 21 de fevereiro, assim que a FEI soube que a competição ainda estava a decorrer, o diretor veterinário da FEI enviou um comunicado para Valência reforçando a notificação do dia anterior, de que a competição deveria parar imediatamente.”
Em entrevista coletiva virtual na passada terça-feira (9 de março), a FEI confirmou que irá realizar uma investigação “completa e minuciosa”.
O Campeonato da Europa de Ensino de 2021 para juvenis, júniores e jovens cavaleiros está programado para ter lugar no CES Valência de 5 a 11 de julho.
Estes Campeonatos da Europa são atribuídos pelo conselho da FEI e por isso, qualquer decisão sobre se devem ou não ser retirados ou mantidos em Valência, terá de ser tomada pela FEI.
Nota: O vírus EHV-1, conhecido como rinopneumonia equina, é uma doença que causa febre alta e problemas neurológicos nos cavalos, tornando-se potencialmente letal, estando a causar preocupação em vários países da Europa. O primeiro caso, detetado em Espanha em 20 de fevereiro, já alastrou a França, Alemanha, Bélgica, Suíça e Luxemburgo. Em Portugal o primeiro caso foi detectado a 3 de março em Leiria.