Desde a cerimónia de abertura que o Hipódromo de Ponte de Lima tem vindo a registar assistências a rondar os dois milhares de pessoas. Se no dia da apresentação, um domingo, para quem está habituado a estas andanças, não foi facto de grande admiração, o que tem sucedido nos dias subsequentes deixa estupefatos todos aqueles que acompanham o Horseball em Portugal.
O segundo dia de competição, com jogos desde as 16,00 horas, finalizou com um dos encontros mais esperados deste 1.º Mundial, o jogo entre França e a Argentina, tendo pelo meio um Portugal-Áustria.
Com a bancada central quase repleta, o seleccionado lusitano voltou a vencer os austríacos, num encontro em que os jogadores portugueses demonstraram que podem augurar um lugar na final.
Cerca de hora e meia depois (22,30h), a bancada central estava bem mais composta, havendo muito público, de pé, à volta do recinto de jogo. Mais de duas mil pessoas não quiseram perder o encontro entre os que são considerados os “maiores” da Europa em Horseball, os franceses, e os que dominam a modalidade, denominada de “Pato” na América do Sul, os argentinos, onde toda a história desta modalidade se iniciou, com os gauleses a importá-la para França, no ano longínquo de 1930.
A claque Francesa de cerca de 150 adeptos, que fretaram um avião para o Mundial, manteve-se ao rubro apoiando a sua equipa.
Ninguém arredou pé. O resultado foi o esperado, vitória francesa por 15-3, até porque as regras do “Pato” são diferentes das do Horseball. No entanto, para a história futura da modalidade ficou o espectáculo dado pelas duas formações, e a presença de mais de dois mil espectadores agarrados a um jogo extraordinário, quer nos aspectos técnicos, quer no espectáculo que franceses e gaúchos proporcionaram a quem teve o prazer de assistir e que acabou pouco depois das 23,00 horas.
Parece que as modalidades em Portugal não têm grandes assistências. Parece que o grande público não se interessa por outros desportos sem ser o tão afamado futebol. Talvez por isso a nossa imprensa se dedique mais ao chamado desporto-rei, dando a algumas modalidades menos espaço.
Mas afinal, como diz o provérbio, “Nem tudo o que parece é”.
É o que se passa neste preciso momento com o 1.º Campeonato do Mundo de Horseball que decorre na vila de Ponte de Lima, em conjunto com os 5.ºs Campeonatos da Europa Feminino e Sub-16.