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E assim vai o Horseball em Portugal…

Será que como em tudo, também no Horseball morreu o “amor” à camisola?
Quem souber que responda…

“Exmo. Sr. Manuel Bandeira de Melo

Peço desculpa pelo o tempo que lhe vou tomar. Mas a minha intenção é só a de enviar este ‘desabafo’ ao Sr. Presidente da Federação Equestre Portuguesa, Sr. D. Luís Vaz d’Almada e ao Sr. Engº André Ponces de Carvalho. Dado não ter conseguido os endereços de e-mails das pessoas referidas no “site” da Federação e tendo já falado o senhor algumas vezes, quando fui Presidente do Centro Hípico Lebreiro de Azambuja, to a liberdade de a dirigir a si.

Li uma carta do Engº André Ponces de Carvalho no site da Associação de Jogadores de Horseball e teria a minha concordância caso tudo estivesse a correr bem nesta modalidade. Não sendo porém a minha opinião e de outros, optei por manifestar o meu descontentamento, na certeza de não ser a única.

Estou à vontade para falar sobre este assunto pois é modalidade que sigo e gosto há muitos anos. Felizmente, não pertenço a qualquer Direcção e portanto escrevo em “Meu Nome” para que transmita à FEP, à Associação de Jogadores de Horseball e às equipas, o total desrespeito que se está a verificar, por quem trabalho por “amor à camisola”.

Estamos a falar de um desporto Federado, em que os jogadores nada recebem, ao contrário dos de outras modalidades, onde há prémios monetários e outros.

São estes jogadores, treinadores, apoiantes, que com o seu trabalho e a ajuda dos clubes, vão conseguindo dinheiro para poderem sustentar os seus cavalos, tratá-los, terem o seu equipamento limpo e deslocarem-se visto não existirem verbas da Associação para pagar os transportes etc.

Muito mais poderia ser escrito, mas para quê lançar mais confusão, onde todos mandam e ninguém tem razão?

Razão, para falar, têm os jogadores que na final do campeonato foram chamados a formar no picadeiro e nem sequer, lhes foi entregue uma pequena lembrança como agradecimento ao seu esforço para manter esta modalidade.

Não sei o que sentiram. Eu que estava do lado de fora, não gostei do que vi e penso, que pela 1ª vez, fui a primeira pessoa a chegar ao carro.

Foi triste!

Na minha humilde opinião, julgo que é tempo de se pensar numa “Associação de Horseball Portuguesa”. Assim, talvez o querer, a motivação e vontade, fossem diferentes. Talvez “fosse notícia” o facto de termos ganho uma medalha de bronze. Mas fundamentalmente, que existe horseball em Portugal.

QUEM SÃO OS APOIANTES? OS FAMILIARES, OS AMIGOS?

Gosto de todo o tipo de desporto equestre. Porém, qual é o que tem mais assistência, por exemplo, nas Feiras?

É o Horseball e não certamente pela divulgação que dele fazem mas pela atracção que provoca, mesmo aos muitos que não têm da modalidade qualquer conhecimento prévio.

Então o que falta para se conseguir chegar ao topo e ser notícia?

Quero também referir a título de exemplo. O Horseball em Azambuja que está presente há mais de 10 anos em todas as edições da “Feira de Maio”. Não obstante o actual presidente da Câmara tenha decidido acabar com os eventos equestres nesta data, manteve o Horseball excepcionalmente.

Todos os honorários e muitas vezes refeições foram suportados pela C.M.A.

Poderá testemunhar estas minhas palavras, a pessoa que a meu ver, mais tem feito pelo Horseball em Portugal – o Sr. Francisco Campeão a quem deixo os meus parabéns pela vitória do Campeonato e por todo o seu trabalho, tal como o da sua mulher.

Por isto esta minha “touche” não é tendenciosa porque já existia Horseball em Azambuja, mesmo sem uma equipa local.

Mais uma vez peço desculpa pelo tempo que lhe tomei.

Com os melhores cumprimentos
Isabel Nolasco
2007/10/30

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