A Academia Equestre João Cardiga-AEJC, de Oeiras, qualificou três conjuntos para participar no Campeonato do Mundo de Paradressage – WEG FEI WORLD EQUESTRIAN GAMES – que se realizará de 1 a 23 de Setembro de 2018, em Tyron – USA.
Inês Alemão Teixeira, com Giraldo do Sernadinha, Grau III, José Neves, com Vendetto C, Grau I e Sara Duarte, com Daxx du Hans, Grau II, como 1ª reserva. Para alem destes conjuntos da AEJC está também selecionada a cavaleira Ana Mota Veiga, com Convicto, também do grau 1.
João Cardiga, Chefe de Equipa da AEJC, afirma “ Este é o resultado de muita persistência e investimento nesta disciplina. Há mais de 2 décadas que a Academia trabalha, sempre com os olhos postos numa possível representação paralímpica, não a nível individual, como tem sido até aqui, mas com uma equipa a representar as cores nacionais. No fundo, este é o caminho para a concretização do projeto “Cavalgar até Tokyo 2020”, no qual apostámos, juntamente com os principais parceiros – Jogos Santa Casa, o HOSA-Hospital Santana e a própria FEP.”
A concretização de Sonhos e a abertura da equitação a Todos, tem sido o lema da AEJC que desta forma contribui para que Inês Alemão Teixeira e José Neves vejam os seus Sonhos realizados.
Sobre o FEI WORLD EQUESTRIAN GAMES
O FEI World Equestrian Games, realizado a cada quatro anos no meio do ciclo olímpico, é um dos maiores eventos do calendário desportivo global, combinando oito eventos equestres à escala Mundial num mesmo local.
O evento reúne as mais importantes disciplinas da FEI – Obstáculos, Dressage, Paradressage, Eventing, Atrelagem, Endurance, Volteio e Reining.
Paralelamente realizam-se demonstrações e exposições com enfoque na equitação. A edição de 2018 dos Jogos Equestres Mundiais da FEI será realizada em Mill Spring, Carolina do Norte, durante treze dias, de 11 a 23 de setembro de 2018, no Centro Equestre Internacional Tryon. A Paradressage tem inicio a 18 de Setembro.
Sobre a Paradressage
“Não pode haver maior evidência entre o incrível vínculo, a confiança e a comunicação entre cavalo e cavaleiro do que na Paradressage. Os Jogos Paralímpicos, são um lembrete duro da força do espírito humano”. In site FEI
A Paradressage (Equitação Adaptada) é praticada por atletas com deficiências motoras variadas. Os atletas são classificados funcionalmente e agrupados em graus, de acordo com o seu nível de dificuldade. Existem 5 graus. Grau 1, para os atletas com menor capacidade funcional e assim, sucessivamente, até ao grau 5, onde se agrupam os atletas com deficiências, consideradas mais ligeiras.
A equipa portuguesa integra 2 atletas de grau 1 (José Neves e Ana Mota Veiga), que executam exercícios num retângulo 40×20, no andamento a Passo. Isto exige um cavalo com uma elevada qualidade ao nível deste andamento e ao nível do seu temperamento.
Sara Duarte, insere-se no Grau 2 podendo executar exercícios a passo e trote e exercícios com maior nível de dificuldade. Por fim, Inês Alemão, no Grau 3, executa exercícios num retângulo 60×20, nos três andamentos (passo, trote e galope) com um nível de exigência ainda maior.
Vale a pena destacar a importância da seleção de cavalos para esta disciplina, bem como o treino adequado dos mesmos. Da mesma forma, uma equipa multidisciplinar é de grande importância para alcançar patamares competitivos e boas performances desportivas. Desde o treinador, ao psicólogo desportivo, o fisioterapeuta, o Groom (tratador) e o veterinário, todos são de extrema importância para a consolidação de uma equipa de atletas.