O mundo do cavalo na Grã Bretanha está em alerta vermelho, depois de confirmados dois casos de Anemia Infecciosa Equina que foram diagnosticados em cavalos provenientes da Roménia, em 22 de Dezembro.
Mas o que é Anemia infecciosa Equina?
TRANSMISSÃO DA AIE
É uma doença infecto-contagiosa e a sua transmissão é feita principalmente por insectos (moscas e mosquitos). As mucosas nasais e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus.
O uso sem assepsia de material cirúrgico, por pessoas não habilitadas, também aumenta a probabilidade da infestação. O animal, uma vez infectado, torna-se um portador permanente. A AIE não é transmitida ao homem.
SINTOMAS
Há uma forma aguda e outra crónica. Contudo o vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma.
A forma aguda é assim caracterizada:
• a) Febre pode chegar a 40,6c;
• b) Respiração rápida;
• c) Abatimento e cabeça baixa;
• d) Debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro;
• e) Deslocamento dos pés posteriores para diante;
• f) Inapetência e perda de peso.
Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crónica.
Na forma crónica observa-se ataques com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo é curto, em geral a morte sobrevêm depois de
algumas semanas. Há grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia.
A doença pode acometer equídeos (burros, zebra, etc.), de qualquer raça, sexo e idade. É uma doença de Notificação Obrigatória.
PROFILAXIA
Combate aos insectos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem dos pastos alagados e fiscalização das aguas e bebedouros, a fim de que os animais não bebam água estagnada;
TRATAMENTO
Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins (analise ao sangue) positivo deve ser sacrificado.
CONTROLE
• Isolar os animais com sintomas suspeitos (analises ao sangue);
• Retestar periodicamente todos os animais;
• Evitar a entrada de animais vindos de zonas sem os testes negativos recentes de imuno difusão;
• Drenar as zonas pantanosas e controlar os insectos transmissores;
• Todo material usado nos animais (para cirurgia, injecções, abre-bocas etc) deve ser esterilizado por fervura durante 30 minutos;
• A possibilidade de uma vacina é remota, pois muitas já foram experimentadas e até o momento nenhuma apresentou resultados satisfatórios.