O crescente aumento da resistência aos desparasitantes para cavalos, tornou-se num problema preocupante para os médico-veterinários.
A British Veterinary Association (BVA), pediu aos veterinários que tomem medidas urgentes, para impedir que parasitas se tornem resistentes aos desparasitantes.
A Associação lançou recentemente um poster contendo uma forte mensagem, advertindo que, para atrasar a resistência, a administração de desparasitantes deve ser baseada num diagnóstico e critério veterinário. Está a ser pedido aos proprietários de cavalos que suspendam o uso frequente de desparasitantes durante o ano.
Em substituição a BVA apela que sejam feitos exames laboratoriais (contagem de ovos), garantindo assim, que são desparasitados os cavalos que tenham parasitas, optando depois pela administração do desparasitante mais adequado.
A Associação pede ainda, que os proprietários não devem fazer uma estimativa do peso do cavalo – pois a sub dosagem é um dos factores que influencia a resistência aos desparasitantes.
Peter Jones da BVA adverte: “O uso de desparasitantes (antelmínticos) aumenta o risco de resistência e os veterinários tem o dever de garantir que o seu uso é judicioso.”
A BVA planeia fazer um estudo científico com o objectivo de determinar o grau de resistência dos parasitas em cavalos e o que pode ser feito para reduzir este problema.
“Não existem novos produtos no mercado de momento, o que quer dizer que temos que administrar os actuais desparasitantes cuidadosamente,” disse Chris House da BEVA.
Recomendamos estratégias de desparasitação baseadas no maneio e rotação de pastos, colheita de fezes e exames laboratoriais. Os desparasitantes devem ser escolhidos criteriosamente para combater a resistência a estes”, concluiu Chris House.