Foi descoberto um foco de Anemia Infecciosa Equina (AIE), uma doença altamente contagiosa, num centro equestre em Carces (longitude: 6º10’28” ; latitude : 43º28’30”) no sudeste de França.
Uma égua de lazer habitualmente alojada num centro equestre em Carces, França, testou positivo no início deste mês a Anemia Infecciosa Equina (AIE). Por se tratar de uma doença altamente contagiosa, o animal foi abatido conforme a lei vigente. 49 Outros cavalos alojados neste centro têm estado a ser controlados com vista à AIE,tal como outros 12 animais recentemente recenseados. Dentro deste efectivo, foi confirmado até ao momento outros 11 casos de AIE que serão também abatidos. O centro foi interdito pelas autoridades sanitárias locais em 2 de Abril e ficou impossibilitado de exercer qualquer actividade de exploração até ao levantamento da interdição.
Esta doença é provocada por um vírus presente no sangue, saliva e urina. É mais frequente em terrenos baixos e mal drenados e em zonas húmidas.
TRANSMISSÃO
É feita principalmente por insectos (moscas e mosquitos). As mucosas nasal e oral, intactas ou feridas, podem ser portas de entrada do vírus.
O uso sem assepsia de material cirúrgico, por pessoas não habilitadas, também aumenta a probabilidade da infestação. O animal, uma vez infectado, torna-se um portador permanente.
SINTOMAS
Há uma forma aguda e outra crónica. Contudo o vírus pode estar presente no sangue do animal sem produzir qualquer sintoma.
A forma aguda é assim caracterizada:
• a) Febre pode chegar a 40,6c;
• b) Respiração rápida;
• c) Abatimento e cabeça baixa;
• d) Debilidade nas patas, de modo que o peso do corpo é passado de um pé para outro;
• e) Deslocamento dos pés posteriores para diante;
• f) Inapetência e perda de peso.
Se o animal não morre em três a cinco dias, a doença pode tornar-se crónica.
Na forma crónica observa-se ataques com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses. Quando o intervalo é curto, em geral a morte sobrevêm depois de algumas semanas. Há grande destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, o que resulta em anemia.
A doença pode acometer equídeos (burros, zebra, etc.), de qualquer raça, sexo e idade.
PROFILAXIA
Combate aos insectos e manutenção de boas condições sanitárias; drenagem dos pastos alagados e fiscalização das aguas e bebedouros, a fim de que os animais não bebam água estagnada;
TRATAMENTO
Ainda não é bem conhecido qualquer tratamento eficaz. Aumentar a resistência do animal, desintoxicar o fígado e fortalecer o coração, intensificar o metabolismo. Existem estudos recentes, mas por enquanto o animal que apresentar Teste de Coggins (analise ao sangue) positivo deve ser sacrificado.
CONTROLE
• Isolar os animais com sintomas suspeitos (analises ao sangue);
• Retestar periodicamente todos os animais;
• Evitar a entrada de animais vindos de zonas sem os testes negativos recentes de imuno difusão;
• Drenar as zonas pantanosas e controlar os insectos transmissores;
• Todo material usado nos animais (para cirurgia, injecções, abre-bocas etc) deve ser esterilizado por fervura durante 30 minutos;
• A possibilidade de uma vacina é remota, pois muitas já foram experimentadas e até o momento nenhuma apresentou resultados satisfatórios.