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Ketamina – Uma preocupação para os veterinários

Veterinários envolvidos na clinica de equinos estão preocupados com o futuro da Ketamina, um popular anestésico.

Este medicamento fez manchetes esta semana pois o Comité sobre a Dependência de Drogas da Organização Mundial de Saúde (WHO) reuniu a fim de rever “drogas com potencial para causar dependência, abuso e danos à saúde humana”.

Este comité fará então recomendações ao secretário-geral das Nações Unidas, sobre a necessidade de controlo internacional de certas substâncias, incluindo a Ketamina.

“A Ketamina tem sido usada em medicina veterinária desde a década de 70 e é hoje talvez o anestésico veterinário mais utilizado. No entanto nos últimos anos tem sido usada ilegalmente para fins recreativos e tem causado lesões em quem a utiliza. Entre estas lesões destacam-se os danos ao nível do tracto urinário, e que ocasionalmente necessitam cirurgia” afirma a veterinária Polly Taylor, especialista em anestesia equina. “Porém o principal papel da Ketamina é como anestésico sendo usada a nível mundial para alívio da dor tanto em animais como em humanos. É utilizada tanto como indutora da anestesia antes de cirurgias complexas, em hospitais, bem como em procedimentos mais curtos no campo tais como, a castração de poldros e outros”.

A Ketamina é também crucial para cavalos lesionados ou envolvidos em acidentes quando é necessário providenciar segurança a animais e pessoas.

A Organização Mundial de Saúde (WHO) considerou a Ketamina como um medicamento essencial e que o controle individual a nível nacional, tal como é feito na Grã Bretanha, é suficiente. Porém, se as Nações Unidas optarem por classifica-la com Restrição Internacional I, a sua obtenção legal para uso humano ou veterinário será muito mais difícil. Esta medida terá um impacto maior em países em que os níveis de vida são baixos devido ao seu custo acessível.

CRS

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