A apenas duas semanas do primeiro evento teste no Centro Olímpico de Hipismo, no Rio de Janeiro, em Teodoro, o exército aguarda o resultado dos exames a que foram submetidos 443 cavalos alojados no local e outros 46 mantidos em São Cristovão.
As amostras recolhidas revelarão se há cavalos infectados com Mormo (Glanders), doença bacteriana infecto contagiosa e para a qual não existe uma vacina no mercado.
A doença é normalmente crónica, fatal para os equídeos e causada por um bacilo Gram-negativo, já foi conhecida por Pseudomonas mallei, hoje chamado de Burkholderia mallei. Está normalmente presente na mucosa nasal e na pele ulcerada. A doença é quase sempre contraída através de alimentos e água contaminada por descargas nasais de animais portadores (“carriers”), que podem ser assintomáticos.
A investigação em curso pretende determinar se animais da Vila Militar, onde fica o Centro Olímpico, foram infectados por um cavalo da Policia Militar do Espirito Santo que esteve alojado naquelas instalações em Novembro de 2014.
Em Maio deste ano, quando foi detectado que o cavalo estava doente, 141 cavalos do Rio de Janeiro foram testados e 2 que não deram resultados negativos foram enviados para um isolamento na ilha de Cananeia em São Paulo.
Desde Fevereiro a área de competição do evento teste dos Jogos Olímpicos, assim como as instalações dos cavalos concorrentes estão em “vazio sanitário”, ou seja, desinfectados e sem a presença de animais.
Todos os animais que competirão no dia 6 de Agosto próximo são brasileiros e estão alojados em Barretos (São Paulo).
CRS