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Testes anti-doping mais rígidos para os Jogos Olímpicos de 2008

Os conjuntos que vão disputar os Jogos Olímpicos de 2008 em Hong Kong, de 8 a 21 de Agosto, vão enfrentar os testes anti-doping mais rígidos de sempre, segundo os organizadores.

“As amostras dos atletas equinos demoram sempre mais tempo a testar do que as dos humanos.

Consequentemente estamos a tentar pormo-nos a par com os testes humanos”, declarou Frits Sluyter, chefe do departamento de veterinária da FEI.

“Planeamos ter os resultados dos testes no tempo mais curto possível; temos a sorte de que em Hong Kong, toda a equipa do laboratório da FEI (já localizada em Hong Kong) estará ao serviço dos Jogos Olímpicos.

Nos Jogos Olímpicos de Atenas de 2004, foi revelado um mês depois do acontecimento que quatro cavalos tinham testado positivos, incluindo o do medalha de ouro de saltos de Obstáculos, o Irlandês Cian O’Connor. Mais tarde o atleta perdeu a medalha, mas a demora em obter os resultados atempadamente tem vindo a ser um problema.

O teste do Hong Kong Jockey Club (HKJC), com uma taxa de insucesso de 0.06% em cavalos, é cinco vezes mais rápida do que a média mundial. Tal é devido aos estritos controlos de doping que protegem a integridade das corridas em Hong Kong. Um número impressionante de cavalos – 150 – é testado antes de cada corrida: uma operação grande que assegura o «fair-play» no desporto e a confiança do público.

“Não conseguimos apanhar todos, mas não estamos longe disso”, promete o Dr. Terence Wan, Engenheiro Químico chefe e director do laboratório com 43 empregados de HKJC na pista de corridas de Sha Tin.

O seu laboratório, que tem 16 câmaras CCTV a monitorizar constantemente os procedimentos de análise, é um de apenas quatro instituições acreditadas e regularmente utilizadas pela FEI. Verificou três dos quatro testes positivos dos Jogos Olímpicos de Atenas e não teve um único resultado falso nos seus 37 anos de existência.

A pista de corridas tem instalações no valor de 8 milhões de dólares americanos, incluindo 24 espectrómetros de massa modernos que geram “impressões digitais químicas” para identificação de drogas.

Dr. Wan acrescentou que “é um processo muito intenso, mas somos obcecados pelo controlo anti doping. O nosso objectivo é aumentar a confiança do público no nosso desporto”.

Cerca de 50 a 60 cavalos são habitualmente testados nos Jogos Olímpicos, mas com instalações no local, provavelmente irão ser testados mais cavalos em Hong Kong, afirmou Dr. Sluyter. “Testamos sempre os vencedores de medalhas e fazemos amostras aleatórias, mas desta vez vamos também testar os cavalos dos Para-Olímpicos, que estão à responsabilidade da FEI pela primeira vez.”

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