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Melhorar bem-estar dos equídeos de trabalho com base nas emoções

Os equídeos de trabalho cujos detentores acreditam na sua capacidade de sentir emoções têm resultados significativamente melhores na saúde e bem-estar do que aqueles cujos detentores não acreditam. A revelação é de um estudo da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, e da associação de caridade animal The Donkey Sanctuary.

Segundo explicado em comunicado, os investigadores visitaram comunidades detentoras de equídeos (cavalos, burros e mulas) no Egito, México, Paquistão, Senegal, Espanha e Portugal, tendo levado a cabo avaliações de bem-estar. Tal incluiu um questionário aos detentores sobre as suas crenças, valores e atitudes para com os seus animais.

O estudo, publicado no Journal of Applied Animal Welfare Science, descobriu ainda que os animais cujos detentores acreditavam que podiam sentir dor eram muito menos propensos a serem coxos. Estas relações foram evidenciadas em vários países, com rendimentos económicos variáveis.

“Sabemos que os sentimentos das pessoas em relação aos seus animais podem afetar o seu bem-estar, mas queríamos saber se isso difere entre culturas. A nossa investigação envolveu comunidades proprietárias de equídeos em seis países, cujos animais trabalharam numa gama diversificada de contextos, incluindo agricultura, turismo e construção”, explica a autora do estudo, Emily Haddy.

Por sua vez, a diretora executiva de Equine Operations na Donkey Sanctuary e coautora do estudo explica que “há muito que compreendemos que os burros e as mulas são seres sensíveis e sencientes, que se saem melhor quando são tratados como indivíduos e com a bondade e respeito que merecem. Este estudo fornece mais evidências científicas revistas por pares para apoiar o nosso trabalho em todo o mundo”.

“O que é realmente empolgante é que essas descobertas podem informar e aumentar a eficácia de futuras iniciativas de bem-estar. Por exemplo, a promoção da ligação emocional e da sensibilização para a sensibilidade animal entre os proprietários de equídeos de trabalho poderia potencialmente influenciar as atitudes e conduzir a melhorias no bem-estar dos equídeos de trabalho em todo o mundo.”

Por: Rafael Correia VA

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