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Candidatos à FEP prometem novos rumos para o desporto equestre

Os dois candidatos à presidência da Federação Equestre Portuguesa (FEP) nas eleições de segunda-feira prometem fazer mais e melhor nos próximos quatro anos, desde a deteção de novos valores até ao desempenho nas provas internacionais.

Manuel Cidade de Moura, o presidente recandidato, garantiu à Agência Lusa estar mais liberto para apoiar novos e velhos cavaleiros, depois de resolvido o problema do passivo herdado dos seus antecessores em 2009.

Paulo Paiva dos Santos, que chegou a anunciar uma candidatura à presidência do Sporting, prometeu fazer melhor, apostando nas vitórias internacionais dos cavaleiros portugueses para conseguir «trazer mais participantes» às disciplinas equestres.

O atual presidente da FEP recordou ter iniciado o mandato em 2009 «com dívidas acumuladas de 800 mil euros e uma situação líquida e patrimonial negativa de cerca de 400 mil euros», tendo conseguido «apresentar uma situação líquida positiva em 2011» e «não ter um único credor» em 2012.

Em termos financeiros, pretende agora levantar a hipoteca da sede da FEP em Lisboa e «reforçar a amortização do empréstimo» bancário feito em 2009.

Quanto ao trabalho desportivo, Manuel Cidade de Moura propõe-se avançar com «dois polos de desenvolvimento», desde logo «um programa de deteção de novos valores – jovens cavaleiros e cavalos – ao nível das disciplinas olímpicas», mas também «apostar no alto rendimento» e dar «uma atenção muito grande aos eventos internacionais».

O dirigente da FEP sublinhou a necessidade de «apoio aos atletas nos campeonatos da Europa, do Mundo e Jogos Olímpicos2016», nos quais Portugal apresentará «quatro elementos de categoria internacional indiscutível».

Cidade de Moura pretende ainda «continuar com o apoio à prática desportiva de base, às seleções, aos campeonatos nacionais e às representações portuguesas no estrangeiro e desenvolver a parte da formação» .

E porque nos últimos quatro anos houve uma «redução drástica dos custos» e uma «gestão cuidada e seletiva dos proveitos», Manuel Cidade de Moura argumentou que a responsabilidade da próxima equipa diretiva será muito maior, podendo até «sonhar qualquer coisa».

Paiva dos Santos prometeu também fazer mais e melhor, através de uma aposta no aumento do ritmo competitivo dos atletas – cavaleiros e cavalos – e na formação de novos valores.

«Só não fui candidato ao Sporting porque tinha a Federação Equestre Portuguesa na cabeça», justificou Paiva dos Santos, que se recusou a fazer um balanço do mandato da atual direção federativa.

«Eu nasci para fazer melhor do que os outros… Se fosse para continuar a fazer o que está a ser feito, tinha ficado quieto a tratar dos meus quatro filhos», declarou à agência Lusa.

Este gestor apontou como objetivos da candidatura «uma modalidade mais forte, uma aposta na formação, num centro de alta competição» e ainda «dar maior visibilidade ao desporto equestre, promover o turismo» neste segmento.

Outro dos projetos de Paiva dos Santos é granjear mais praticantes para a modalidade, o que «só se consegue ganhando».

Quanto à crise, afirmou ser «uma oportunidade para quem está a apostar na modalidade», aproveitando para recordar que um xeque árabe de renome manifestou já a intenção de comprar casa em Portugal para praticar a modalidade.

«É uma oportunidade para se fazerem parcerias com vários países», sustentou, lembrando que a equitação «não é o atletismo, envolve pessoas de um estrato social diferente».

A eleição dos órgãos diretivos da FEP para o quadriénio 2013/2016 realiza-se na segunda-feira num congresso no Estádio Universitário, em Lisboa.

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