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Castigo ou Recompensa?

É frequente vermos nos recintos de provas, tanto nacionais como internacionais, cavaleiros a dar, entusiasticamente, violentas palmadas no pescoço da sua montada, após uma prova bem sucedida. No entanto se observarmos os cavalos atingidos por essas ´carícias´ podemos verificar que deitam as orelhas para trás, demonstrando uma atitude de desagrado e desconfiança, tentando até por vezes furtar-se às ditas palmadas.

De há uns anos para cá tem-me chamado a atenção a maneira diversa como reagem alguns cavaleiros de ensino quando terminam uma prova, seja ela bem ou mal sucedida, é habitual vê-los a fazerem festas – na verdadeira acessão, da palavra – acariciando a zona do garrote, acalmando-os e agradecendo-lhes o esforço despendido. Esta atitude demonstra que são verdadeiros conhecedores dos animais que utilizam.

Inúmeros estudos levados a cabo sobre o cavalo, a sua observação e a vivência com eles, mostram-nos que têm uma pele muito mais sensível do que a dos humanos. Mesmo para nós não é nada agradável receber umas fortes palmadas nas costas, como manifestação de agrado. Quando tal acontece é vulgar ver o visado encolher-se, piscar os olhos e a evitar as próximas palmadas.

Era agradável ver os cavaleiros a tomarem atitudes inteligentes, pensando no que fazem e porquê ou seja tomarem atitudes de ‘gente’ de cavalos, agradecendo realmente as provas prestadas em vez de aplicar um ‘castigo’.

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