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Pónei da Terceira procura validação de raça autóctone

Acaba de ser apresentada a Associação dos Criadores e Amigos do Pónei da Terceira, numa cerimónia realizada ontem em Angra do Heroísmo.

Depois de feitos os estudos genealógicos e fundamentada o seu contexto cultural, o animal procura agora o reconhecimento como raça autóctone. Objectivo: promover a criação, apoiar criadores e usar o pónei em actividades desportivas, lúdicas e turísticas.

Dizem os entendidos que se assemelha a um puro-sangue Lusitano em ponto pequeno cuja mestiçagem de diferentes raças ibéricas e marroquinas e o uso local transformaram o pónei da Terceira em animais “rápidos, inteligentes, extremamente dóceis e de fácil maneio”.

Assim o qualifica Artur Machado, membro da comissão instaladora da recém-criada Associação dos Criadores e Amigos do Pónei da Terceira (ACAPT), apresentada ontem, no Centro Hípico na Vinha Brava, em Angra do Heroísmo.

O investigador da Universidade dos Açores refere que actualmente a academia possui quarenta póneis, devendo existir na ilha perto de oitenta destes animais.

A criação desta associação surge como uma das etapas para o processo do seu reconhecimento como raça autóctone, como explicou o responsável.

A nova associação, explicou Artur Machado, vai “promover o pónei em actividades desportiva, lúdicas e turísticas”.

Outro dos trabalhos desta estrutura vai para a gestão do efectivo da raça: “normalmente a gestão zootécnica é feita por uma entidade estatal, mas que tem de ter parcerias, nomeadamente com associações, para esse fim”, caso, explicou da ACAPT.

Pónei da Terceira conhecido lá fora

O pónei da ilha Terceira já é conhecido não só a nível local e nacional, como também no estrangeiro, referiu o docente e director do Centro de Biotecnologia dos Açores: “o pónei da Terceira já é conhecido no continente e cá. Tivemos oportunidade de, no ano passado, participar na grande Feira Nacional do Cavalo, que se realiza na Golegã, que foi um sucesso”.

“O pónei não é desconhecido. Localmente há várias pessoas a aderirem a este projecto, o que nos levou a criar a associação e a oficializá-la”, reforçou.

Outros dos propósitos desta associação vai para a “ampliação” da base dos criadores do pónei da Terceira para que se garantir a sua sustentabilidade.

“A história da raça não é fácil de compilar, dada a falta de elementos escritos mas, pelo contrário, existem abundantes testemunhos orais que a associam à identidade cultural da ilha Terceira, sendo referida a sua utilização como meio de transporte de pessoas e mercadorias (peixe, pão, leite e lenha)”, explicou o membro da comissão instaladora.

Burro anão da Graciosa e pónei da ilha Terceira

“Em ecossistemas insulares é frequente observar-se a existência de animais resultantes de uma selecção genética que se traduz por extremos: animais de grande porte, por um lado, ou animais de reduzidas dimensões, por outro. Nos Açores chegaram até aos nossos dias exemplos desse fenómeno. Entre os bovinos conhecem-se os Ramo Grande e as Vaquinhas do Corvo”.

O uso dado aos primeiros permitiu a sua subsistência, factor que não se verificou nas pequenas Vaquinhas do Corvo “que se extinguiram em meados do século passado, restando apenas como testemunhos da sua existência dois animais embalsamados”, documentou.

“Mais felizes são os equinos, que conseguiram chegar até nós com dois exemplos: o Burro Anão da Graciosa e o Pónei da Terceira”.

Pónei da Terceira fruto de mestiçagens diferentes

Medindo menos de um metro e 48 centímetros, valores que definem um pónei, os exemplares da Terceira possuem, de acordo com o membro da comissão instaladora da Associação dos Criadores e Amigos do Pónei da Terceira (ACAPT), Artur Machado, “proporções muito correctas e equilibradas, confundindo-se com um puro-sangue Lusitano em ponto pequeno”.

“São animais rápidos, inteligentes, extremamente dóceis e de fácil maneio. Crê-se que sejam produto da mestiçagem de diferentes raças e da selecção continuada por parte dos terceirenses que, objectivamente, escolheram os animais de menor porte”, descreve.

Nesse processo de mestiçagem pesou, fundamenta, sobretudo no início do século XX, “com a chegada à ilha Terceira de um cavalo de origem Marroquina de nome Califa, animal pequeno e rústico, como os que abundam no norte de África, frequentemente documentados em painéis de mosaicos, gravado em moedas ou pequenas esculturas”.

“Provavelmente este animal e outros vindos do sul da Península Ibérica contribuíram para a diferenciação morfológica do Pónei da Terceira”, afastando semelhanças com os póneis de origem Celta do norte, como por exemplo o Garrano do Gerês.

O «Espanhol» e o «Canário»

Reza a história, contou Artur Machado, que “alguns deles, «mais refinados», até conheciam o caminho para casa”, contando o caso “verídico e que faz parte do património oral da ilha Terceira, das façanhas do «Espanhol», que percorria a distância de vários quilómetros entre a Praça Velha em Angra e São Mateus da Calheta, sem qualquer desvio” a caminho de casa; ou do “«Canário» que, ao passar em frente a uma taberna e por ordem do seu dono, cumprimentava o proprietário do estabelecimento e os seus clientes com um alegre relincho” em Santo Amaro.

“No passado e até meados do século XX o seu número era bastante elevado na ilha Terceira e a sua posse era motivo de reconhecido orgulho, sendo apresentados, com frequência, nos diferentes certames”, existindo como prova deste facto “um diploma com medalha, conferido ao proprietário de uma Pónei preta, de seis anos, afilhada, com um metro e onze centímetros de altura ao garrote, atribuído pela Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo a 27 de Junho de 1924, aquando da Exposição Pecuária realizada por ocasião das Festas da Cidade”.

O aparecimento de novas práticas agrícolas e os “cruzamentos indevidos” com cavalos de maiores dimensões levou à redução da sua população.

Espécies em extinção com apoios da UE

Hoje em dia, alertou, “o seu número é tão reduzido, que a sua capacidade de sobrevivência depende de apoios externos e de uma gestão rigorosa do efectivo”, explicando que o animal “preenche todos os requisitos definidos pela FAO (Food and Agricultural Organisation of the United Nations) para que seja considerado raça autóctone”.

Isto porque a ACAPT conta com o trabalho de apuramento genético que a Universidade dos Açores, através do Centro de Biotecnologia dos Açores, deu início em 1998.

Artur Machado recorda ainda que a Comunidade Europeia disponibiliza apoios específicos para raças em vias de extinção, “o que se poderia traduzir num acréscimo do rendimento efectivo para os seus criadores, à semelhança do que se passa noutros países da União Europeia”.

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