O Campeonato Mundial de Endurance da FEI (Federação Equestre Internacional) terminou neste domingo em Monpazier, França, coroando os Campeões Mundiais de 2024. O evento atraiu 118 cavaleiros de 39 países.
Pela primeira vez na história dos Mundiais de Endurance da FEI, equipas da China e da Malásia subiram ao pódio, conquistando o segundo e o terceiro lugares, respetivamente, enquanto a nação anfitriã, a França, levou o ouro.
As medalhas individuais foram para Melody Théolissat (França), montando Yalla de Jalima (bronze); Saeed Ahmad Jaber Abdulla Al Harbi (Emirados Árabes Unidos) com Castlebar Cadabra (prata); e HH Sheikh Nasser bin Hamad Al Khalifa (Bahrein) com Everest la Majorie (ouro). O Sheikh Nasser manteve seu título mundial, conquistado no Mundial de Resistência da FEI de 2022, em Butheeb (EAU), com o cavalo Darco la Majorie.
Equipe francesa mantém título mundial
O título mundial por equipas permaneceu com a França, que defendeu com sucesso a posição de liderança, conquistada em Butheeb, em 2023. Antes da competição, o treinador nacional Jean-Michel Grimal admitiu ter enfrentado dificuldades para selecionar a equipa final de cinco cavaleiros entre os sete conjuntos disponíveis.
Pai e filha chineses entram para a história
A performance da China surpreendeu a todos, considerando que este foi apenas o segundo ano em que o país formou uma equipa no Campeonato Mundial de Resistência da FEI. Entre os membros da equipa estavam o pai, Bo Sui, e a filha, Jiahe Sui. Com apenas 15 anos, Jiahe foi a participante mais jovem do campeonato. “Incrível” e “inesperado”, disse a jovem após a vitória. “O nosso objetivo como equipa era simplesmente terminar a prova e tentar ficar entre os cinco primeiros, então alcançar o segundo lugar é fantástico!”
Ritmo mais lento garante bronze
A Malásia estava determinada em chegar ao pódio, mas a prova não começou como planeado. O cavaleiro Tengku Muhammad Syukri Tengku Mahmood comentou: “Queríamos seguir a equipa francesa, mas… com a chuva torrencial e o piso enlameado… foi impossível acompanhá-los. Então, optamos por um ritmo mais lento.” Essa estratégia rendeu à equipa um merecido bronze.
A melhor prestação portuguesa foi de Miguel Brazão com Spirit de Crouz, que alcançou um honroso 12º lugar individual entre 45 participantes. João Pedro Carpinteiro terminou em 26º com Chelem de Crouz.
Durante a cerimónia de encerramento, a FEI anunciou que o próximo campeonato, em 2026, será realizado em Al-Ula, na Arábia Saudita.