Governo vai assinar memorando com as partes para viabilizar o novo hotel. Cavalos, museu e falcoaria serão preservados
O primeiro passo para viabilizar a construção de um hotel de luxo no coração da Coudelaria de Alter do Chão vai ser dado esta quinta-feira (06/07) às 16h00, com a assinatura do memorando de entendimento entre os ministros da Econonia, Finanças, Companhia das Lezírias e a autarquia de Alter (PSD). “Depois da assinatura do memorando, o Governo pode lançar o concurso para o projeto do hotel nas próximas semanas”, afirmou o deputado socialista Luís Testa, eleito pelo círculo de Portalegre e um dos maiores defensores deste projeto turístico em Alter do Chão.
Parte do financiamento será garantida pelo Turismo de Portugal ao abrigo do projeto Revive, que recupera património do Estado respeitando os valores arquitetónicos e culturais. Mas a maior parte das atividades da Coudelaria – que está concessionada à Companhia das Lezírias – vão ser mantidas. “O caderno de encargos estabelece limitações e critérios para que seja um projeto hoteleiro inserido na realidade do espaço que habita, a coudelaria. Toda a envolvência da nova unidade, como a venda dos cavalos de Alter do Chão, o serviço nacional coudélico com a inscrição de todos os cavalos de raça lusitana, o laboratório de genética molecular que é um serviço de ponta, serão mantidos”, assegurou o deputado Luís Testa. O cavalo de Alter do Chão, uma “variante muito específica da raça lusitana”, continuará a ser o maior atrativo do espaço. Também o museu e a falcoaria serão preservados. “O serviço da coudelaria mantém-se integralmente. O objetivo é que seja exponenciado por receitas que provêm do hotel. E depois há os postos de trabalho que a unidade hoteleira vai criar e a riqueza que os hóspedes podem deixar na restauração e comércio de Alter do Chão e do distrito de Portalegre”.
Luís Testa espera que a nova unidade hoteleira da Coudelaria de Alter do Chão atraia “um segmento sócio económico com elevado poder de compra. Os mercados emergentes, como o Brasil, Austrália, Japão, China, ou África do Sul, têm grande apreço pelo cavalo lusitano, que é um animal muito dócil e especial”.
Também o vereador do PS na Câmara de Portalegre, Francisco Reis, um dos que mais lutou pelo projeto, está convicto de que a nova unidade turística “será muito mais do que um local de dormidas”. “O que se vai fazer é dar utilização a todos os imóveis da Coudelaria: o principal edificio, onde sempre funcionou a parte administrativa; o picadeiro, que está num estado lastimável, o museu, a falcoaria, etc”. Para o projeto ir para a frente, explicou, “vai-se tentar alterar a legislação para que a concessão da Companhia das Lezírias (entregue há quase quatro anos) sobre a Coudelaria passe dos 20 para os 45 ou 50 anos, por forma a que o grupo que vai investir no hotel possa ver o resultado do seu investimento”. Estima-se que o novo hotel da Coudelaria de Alter do Chão venha a criar “várias dezenas de postos de trabalho” na região.
Fonte: DN
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