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João Moura Caetano: “O Campo Pequeno é o lugar ideal para começar o novo desafio como ganadero”

Nesta corrida estreia-se a ganadaria dos Irmãos Moura Caetano, detida pelos irmãos João Moura Caetano e Maria Moura Caetano Couceiro, que é parte da ganadaria Maria Guiomar Cortes Moura, cujo ferro os toiros a lidar nesta e nas próximas duas temporadas ainda ostentarão.

Fazendo o balanço de onze anos de alterativa, o cavaleiro sente-se feliz pelo que tem feito, embora considere igualmente haver ainda “metas e objectivos por atingir” e por isso continua a aprender e a aperfeiçoar-se diariamente. E particulariza: “O toureio é uma profissão muito dura, feita de vitórias e derrotas, de momentos duros e momentos de muita alegria, mas todos esses momentos nos fazem evoluir e aprender, como toureiro e como pessoa. Eu não mudaria nada do que vivi neste tempo. Profissionalmente, penso que consegui criar um estilo próprio e uma maneira singular de interpretar o toureio que sinto. Para mim, o toureio é emoção, temple e improviso e tenho trabalhado muito para me manter fiel a esta maneira de pensar e sentir o toureio.”

Tendo por base os ensinamentos e os valores transmitidos por seu pai, o cavaleiro Paulo Caetano, João fala das semelhanças e das diferenças de estilos, advertindo, logo de inicio ser muito difícil comparar-se a uma figura do toureio como ele. “Existem algumas parecenças, a escola é a mesma, aprendi tudo com ele, a equitação e o conceito acho que são parecidos, os valores em praça também, não sei muito dizer quais as semelhanças e as diferenças.

De entre as semelhanças, destaca “o dar o privilégio ao momento da sorte e o gosto por interpretar o toureio ao piton contrário e de risco”. No capitulo das diferenças, expressa-as deste modo: “Diferenças, talvez o meu Pai seja conhecido pelos quiebros muito arriscados a muita curta distância do touro e eu talvez pelos quiebros com o touro a arrancar de longe, ou seja, de praça a praça, talvez as distâncias no cite seja a nossa principal diferença no geral.”

Gratificante é a palavra encontrada por João Moura Caetano para a sua presença nos cartéis da temporada comemorativa dos 125 anos do Campo Pequeno. “Todos os que toureamos este ano no Campo Pequeno vamos ficar na história da praça que este ano completa 125 anos de vida, agora com uma vida nova e ‘mais cheia’ ainda. É, pois, um grande orgulho para mim fazer parte dos cartéis da temporada de tão importante efeméride”.

Quanto ao papel que o Campo Pequeno representa para si, relembra ter sido nesta praça que toureou ela primeira vez de casaca, foi a praça da sua alternativa e vários outros êxitos aqui obtidos. Relembra ainda outras praças que considera talismã como sejam Setúbal, Alcochete, Alcácer do Sal, Montemor-o-Novo, Elvas, Nazaré e Póvoa do Varzim “e claro, Monforte, a praça da minha terra, onde me sinto verdadeiramente em casa”.

Quanto à sua temporada de 2017 refere que se vai repartir por Portugal e Espanha, não pretendendo tourear mais de 25 corridas, “pisando as principais feiras de Portugal e lutando para triunfar em Espanha.

Na próxima quinta-feira, (08/06) no Campo Pequeno, repartirá cartel com o cavaleiro Rui Fernandes e o rejoneador espanhol Leonardo Hernández (triunfador em Madrid), completando o cartel os grupos de forcados amadores de Alcochete e de Turlock, capitaneados por Nuno Santana e George Martins Júnior, respectivamente.

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