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Touradas voltam à Catalunha por decisão do Tribunal Constitucional

Pelo menos, essa é a posição do governo regional.

As lides de touros foram proibidas em agosto de 2010 pelo governo da comunidade autonómica da Catalunha, com implementação a partir de 2012. Dois meses depois da decisão, em outubro de 2010, foi logo interposto um recurso pelo Partido Popular no Tribunal Constitucional, em Madrid, alegando a inconstitucionalidade da proibição catalã. Mas só agora, seis anos depois, após uma carta a pedir andamento para o recurso do PP a proibição foi revista e votada.

A missiva foi assinada pelo presidente da União de Criadores de Touros de Lide, Carlos Nuñez; pelo presidente do Sindicato de Toureiros, Juan Diego Vicente; e pelo presidente da Associação Nacional de Organizadores de Espetáculos Taurinos, Manuel Martínez Erice. O trio sublinhou a “negativa repercussão” no setor pelo atraso do tribunal a rever a proibição.

Após o anúncio da aprovação por maioria da suspensão da proibição, o presidente do sindicato espanhol de toureiros mostrou-se satisfeito por voltar a ser “livre para exercer uma profissão legal e parte do património cultural de Espanha”. “Além de nos podermos defender de forma legal, agora temos uma base jurídica para defender a nossa profissão e a nossa vida, a tauromaquia”, referiu Juan Diego.

O regresso dos espetáculos taurinos a Barcelona não tem, contudo, “via verde”. O governo insiste na proibição e o vereador responsável pela gestão do património público garante que, “diga o que disser o tribunal constitucional, não vai voltar a haver corridas de touros na Catalunha.”

Josep Rull não está sozinho. Gabriel Rufían, deputado da coligação no poder, a Junts Pel Si, lança a pergunta: “porque é que, por exemplo, se respeita a decisão do parlamento nas Ilhas Canárias e na Catalunha não?” Para Rufían, esta decisão do TC é “arbitrária e selvagem.”

Há seis anos, a proibição na Catalunha de todos e quaisquer espetáculos que envolvessem touros foi celebrada pelos ativistas de direitos animais. Agora, o tribunal reverteu a decisão do governo regional e promete relançar o braço de ferro na Catalunha.

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