Três cavaleiros, três estilos
Uma boa assistência, que preencheu mais de três quartos da lotação da primeira praça do país, para assistir à Corrida “Confronto de Maestros”, com os cavaleiros João Moura, António Telles e Luís Rouxinol, os grupos de forcados de São Manços, Real grupo de Moura e amadores da Chamusca, sendo os toiros da ganadaria Santa Maria.
João Moura esteve em grande plano, deixou a ferragem bem colocada e soube aproveitar as características dos seus oponentes, em especial do 4.º da noite, lidando com o saber de experiência feito, muito sereno e com uma atuação notável sem falhar um único ferro.
Também António Telles actuou de forma muito positiva, cravando a ferragem no sítio, bregou muito bem, embora com algumas saídas em falso, que não retiraram mérito ao seu labor. Com a tolerância do diretor de corrida Manuel Gama arrastou a lide do 5.º toiro sem necessidade, porque o ferro pedido depois do tempo ultrapassado nada acrescentou à sua faena.
A Luís Rouxinol couberam os dois toiros mais mansos da corrida que dificultaram a sua atuação. Apesar disso, o cavaleiro de Pegões deu duas lides apropriadas, bregou bem e deixou alguns ferros a sesgo de muito mérito, sempre com a preocupação de rematar as sortes pelo píton contrário o que valoriza as suas atuações.
Os forcados, dadas as características dos toiros, tiveram de se aplicar a fundo para consumarem as suas pegas. Pelos amadores de São Manços foram à cara João Fortunato, à 2.ª e Pedro Fonseca com uma grande pega; pelos de Moura estiveram Xavier Cortegano, à 2.ª e o cabo Valter Rico a dobrar João Cabrita que recolheu à enfermaria; João Vasconcelos, à 2.ª e Luís Isidro à 3.ª, foram os forcados da cara dos amadores da Chamusca.
O diretor Manuel da Câmara esteve acolitado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva e mostrou alguma permissividade na condução do espetáculo, muito em especial em relação aos tempos de lide.